sábado, 11 de dezembro de 2010

Dei-me morfina

Acabaram-se as tarjas,
Preta, azul vermelha, amarela...
Acabou o dinheiro...
Acabou a poesia:
Passaram os cracks:
Cena 1, 2, 3, cena final...
Poesia não come mais ninguém,
O patrocínio acabou:
A burguesia se vendeu de vez,
Não bebem mais a pseudo-arte em pequenos goles!
Estão todos vendidos!
Minha arte foi pro saco, meu coração de tão imenso
Fez um eco, que dor, um eco, que dor: quanta dor!
Pelo menos não é necessário publicar porra nenhuma com nada,
Poesia é minha, e só, agora que acabou tudo.
Remédio é tomado com vodka que é misturada com vinho
Que é misturado comigo, com minha arte, com meu vazio cheio de porcarias passadas.


L H Figueiredo

sábado, 6 de novembro de 2010

TEATRO CUTUCA

Teatro cutuca..sabado e domingo, sessoes 18.30 e 19.30..
Novo espetáculo: O Universo coaxa
Um espetáculo maravilhoso com representações dos apegos humanos a fimm de resistirem à existencia: religião, remédios, trabalho, amor.
E um sapo, (EU), apático, sem apego a nada, representando os infortunados, tentará colocar todos em uma cama de espinhos, mas no final tudo é poesia e até ele comprova isso.

Trilha sonora personalizada, atuações artisticas, dança, balé, recursos audio-visuais.
Todos vão sair com um pouco mais de poesia na noite. Ah...vai ser 4 reais =D... local: Casa de cultura Marcia Prates, no melo, na rua do colegio integral: rua lirio brante 810

Espero vocês.

Abraços, L. H. Figueiredo

domingo, 31 de outubro de 2010


Está passando o tempo
Estou perdendo o meu
Não dá pra roubar o de ninguém
Por isso dói

Meu campo de visão está esquálido
Meu peito pede um corpo quente
Pede dente
Pede emoção

Estou sendo engolido por minha poesia
Ela come o meu tempo
Não há nenhum santo insensível para me salvar

Já não sei mais escrever palavras com S SS ou Ç
Não lembro a formula de respiração
Os imperadores da historia antiga estão fazendo suruba
Os números só conseguem fazer poses para fotos
 O mapa mundi político canta um pop triste
A chuva lá fora dissolve minha sintaxe
Minhas equações químicas, desbalanceadas, me preparam um loló

Acabei de errar uma próclise
A poesia está me engolindo e o meu ponto final não chega nunca.
Esse pontinho de cima não é um ponto final.
Nem esse outro.

Quero mais dentes, línguas e musicas

Getulio Vargas está se suicidando em cima da cama que eu escrevo
Isaac Newton está lambendo o sangue
Números estão rodando
O estreito de Magalhães me levou ao Bósforo
Minhas lágrimas provocam as cheias do Nilo

Minhas poesia me come
Me inferniza
E me faz errar próclises.

L.H.Figueiredo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minha explicação

Entre meu olho e o seu
Há mil palavras soltas
Nenhum de nós consegue juntá-las
Então ficamos restritos a olhares.

L.H.Figueiredo

Meu chorinho numa noite de quinta

Vou pegar um trem
Vou me virar tão bem
E se eu não voltar
Não diga a ninguém
Que o meu grande segredo
Foi guardar todas as flores
Para outrem.

Em meus bolsos vazios
Há reflexos de gentes
Carregadas de prosa
Poema e poesia

Eu aqui busco dores
Para intensificar... meus pulsos
Intensificar... meus pulsos
Intensificar...
As minhas pulsações.

L.H.Figueiredo

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Secreto

Traguei seu beijo
Em uma musica

Sorvi seu cheiro
Em um campo de visão

Devorei seus olhos
Em uma pergunta
______________
Chorei; chorei.__

Não te tenho
Não te trago
Ai de minhas perguntas
Ai de seus embaraços

Eu quero.
Não trago.
Amei com os olhos.
E sorvi calado.

L. H. Figueiredo

sábado, 2 de outubro de 2010

chuvisco risco, coração


O cheirinho de garoa...
Uma noite de que nada....
Tudo tão pertinho...
E o coração indo... E vindo.

Coração, coração.
Tão pertinho...
Sinto um estranho,
Só pelo coração,
De menino na garoa.

Um chuvisco em minhas telhas,
Um arzinho perfumado de mato,
Coração indo e vindo...

Aiai...

Lucas. H. Figueiredo

sábado, 11 de setembro de 2010

Todo eu

Por meio de seus lábios, estendeu-se meu vazio
Em meio ao seu fogo, ardi-me intensamente
Por meio de mim mesmo, houve flores
Agora sou todo um coração... E palavras.

L.H.Figueiredo

Quebraram-se os vidros?


Quebraram-se os vidros?
Aconteceu o já esperado
VÊ meu vinho? Meu peito anil, que
Por muita vez chorou por sua espécie de lógica.

Ah, delícia, como meus vidros estão rijos!
E minha carne petulante!
E meu corpo pede água, para apagar o fogo que cresce
Por vidros rijos como ele, e belos como sua violenta clave!

Se eu pudesse escolher,
(Que tristeza!)
Escolheria as estrelas,
E suas imensas fontes de energia,
Para aparar seu vidro.
Mas não posso... uma vez quebrados, meu bem,
Não haverá volta.

Eu aqui, com minhas estrelas cadentes,
Com meu ar consolador,
De mil céus e afazes,
Em busca de vidros novos.

L.H Figueiredo

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sina


O que me aquece,
Desfalece,
E após se acresce,
Com o que restou.

Musicas,
Claves cada vez mais agudas,
Musicas,
Ao samba chorado surge a minha dor.

Eu peço,
Devolva-me o que restou de você,
Devolva a minha dor...
Não é porque rima com amor,
Mas é que esta é mesmo a minha sina.

Tudo vazio,
E eu com o meu frio,
Escuto as minhas tardes...
Pra que vergonha oh Deus,
De se apaixonar?
Não há culpa.
É apenas minha sina.

L.H.Figueiredo

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Letal


Você pode me ouvir?
Tente.
Onde estou mora um lago, mora um frio.
Abafado ou escuro.
Quero que se aproximem.
Sintam-se capazes de me ouvir.

Pode me ouvir, Deus?
Eu tento.

As primeiras manchas dessa tarde são destinadas.
Cada tarde tem uma mancha dedicada.
Espero uma que não se sinta comprometida.
Controlo-me.
Mas as noites, os dentes e as estações insistem em me equilibrar em seus vazios.

Quando haverá manhãs?
Hoje ninguém sabe.
Continuo buscando vozes
Essas que vêm à noite
Também quero que se aproximem.
Sem nem mesmo saber seus nomes, eu tento.
Desvio-me e me aproximo.

Não a temo
Quero. Cada segundo, cada chão.
Eu amo a querida...
Noite.

L. H. Figueiredo

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Coisas que não passam despercebidas

O maior elogio que eu recebi nos últimos tempos:
_ Você é um bom amigo!
O maior de toda minha vida:
_Eu te odeio muito, mas você é um cara bom. Isso é massa.

A maior ofensa que recebi nos últimos tempos:
_Se você soubesse o que eu sinto por você não estaria do meu lado.
A maior de toda minha vida:
_Quando souberem quem você é, ninguém ficará do seu lado!

A coisa mais estimulante que escutei nos últimos tempos:
_Seu poder de concentração é muito baixo.
A mais estimulante da minha vida:
_Pra quê cobrar tanto de você? Aonde você quer chegar? O que você tem já é o suficiente pra passar em qualquer coisa.

A coisa mais bonita que disseram sobre mim nos últimos tempos:
_Pra mim ele era o perfeito da sala que suportava tudo e tentava fazer o melhor por aquilo, hoje eu descobri que ele é humano. Ele me surpreende a cada dia.
A mais bonita que disseram sobre mim:
_Você é poesia e eu amo poesia por isso é que eu amo você.

A coisa mais triste que eu ouvi nos últimos tempos:
_Que pergunta é essa? É claro que eu amei você. Mas hoje eu estou com ele e gosto muito dele e nós vamos continuar juntos.
A mais triste que eu escutei na vida:
_Despeça-se dele todo dia, porque a gente não sabe a hora que ele vai embora.

A coisa mais bonita que eu ouvi nos últimos tempos:
_Depois que eu fiquei com você, eu não vejo graça em ninguém mais.
A mais bonita que ouvi na vida:
Tanta coisa, não sei.

A mais interessante que me disseram nos últimos tempos:
_Conhecer você... é tudo tão triste! Você não cansa?
A mais interessante que ouvi na vida:
_ Querer é poder.

As maiores mentiras que escutei na vida:
Com 12 anos você cresce... Com 14, você espicha pode ficar calmo... Sem duvida aos 17 você vai crescer de uma vez...

Algumas coisas não passam despercebidas.

Lucas Henrique Figueiredo

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O meu coaxar no universo


E há claridade...
E há coaxar...
E há... eu... há... não há.

Desejos... controle,
Equilíbrio?
Há ar... onde está?
Eu o perco em meus minutos,
meus segundos eternos que... há.

Há tanta coisa que há!
Espinhos, verde... ar. Meu coaxar?
Intensidade, que faz a dor remanejar.
Dor de não haver tudo que há.
Não a mim, não ao meu coaxar.

Tudo que há... para quem?
Não a mim. O que resta é a intensidade.
A intensidade que há.
E a dor que me...

Ao remanejar,
Essa dor que há.
Com tudo que não há a mim, mas há...
Faz-se presente o meu coaxar.
Alguém o escuta?

Lucas H. Figueiredo

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sorriso eterno


Olha moço,
Já é hora de dormir.
Hoje andei ao seu lado, parece.
Acordei chamando por você.
Fiquei em perigo e te chamei duas vezes,
O que não é muito comum
Já que eu me esqueço facilmente das coisas.

Olha moço,
Eu te quero imensamente ao meu lado agora.
Até inveja às vezes eu sinto por você.
Algumas pessoas estiveram em perigo comigo
Porém elas tinham alguém para olhar por elas,
Mas eu estava sem você ao meu lado.

Olha moço,
Eu te amei sim, e muito,
Porém tudo foi tão rápido,
E eu te perdi tão rápido!
Eu fechei os olhos para não chorar,
E quando abri estava sem você.
Aí eu descobri que eu devo sim,
Chorar sempre que quiser,
Porque prender os sentimentos não vale à pena
Já que o tempo é curto, e as pessoas não duram para sempre.

Olha moço,
Eu nem sei bem como me expressar ao seu lado,
Ou como eu tenho que falar com você.
(Nós somos íntimos afinal?)
A verdade é que sinto sua falta agora,
E de seu sorriso ( principalmente o ultimo que você me deu ).
A verdade é que eu estou chorando por você agora.
E isso não é muito comum, eu já te superei, eu sei disso.

Não sei onde eu quero chegar.
Acho que vou imprimir uma copia disso,
Queimar, jogar aos ventos
E esperar que o vento leve essas palavras a você.
Não vejo outra teoria para conseguir te falar isso:
Eu te amarei para sempre, apesar de ser um sentimento omisso.
Eu espero que você me entenda.
E que entenda os meus atos, e o que eu me torno às vezes.
Saiba que o que eu faço hoje tem grande parte haver com você E que eu baseio meu futuro principalmente para ter o seu orgulho.
É só isso mesmo o que eu queria dizer.
Boa noite pai.
Até algum dia.

Lucas H. Figueiredo

domingo, 4 de julho de 2010

Um dos poetas e suas cadeiras

A ultima saída ficou presa em seus sonhos.
As cadeiras deixaram de ser de madeira,
Agora são azuis.
Os gatos sumiram,
Agora tudo mudou,
Todo mundo sabe, a tristeza que é uma saída perdida nos sonhos.
Afinal todos já perderam suas saídas uma vez.
São só saídas, e ele sabe.

Ela, ela, ela.
A saída?
Não.
Sua vida. A moça. Ela.
Deixe estar. Todos dizem. Mas, o que pode ser feito?
Agora as cadeiras ficaram azuis. E ninguém sabe o porquê.

Ele pensa em seus vidros quebrados.
Quem é ele?
Um dos gatos?
Não.
O poeta. Sofrido. Ele.
Ah... Que pena!


Lucas Henrique Figueiredo
Fevereiro de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Escuro momentâneo

Algo que domina sem sentir,
Tristeza que dói com futilidade,
Paixões decadentes ou francas,
Amores melancólicos e tardios.
Felicidades pequenas em copos d’água
O pequeno tempo de uma lagrima caindo
O pequeno tempo da tristeza de um espinho
Desejos controlados à base de dentes,
Reciprocidade será que é verdade?
Tudo errado na hora errada,
Tão errado como espinhos no dia dos namorados.
Nada se faz presente...
Eu e minha dádiva,
Só nós nesse escuro que brilha.

Lucas Henrique Figueiredo 01/06/2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Pequenos versos


Oi amor meu,
Já viu as estrelas hoje?
Elas brilham para nós
Pegue uma, vamos fugir.
Acho que ainda há tempo.
Vamos guardá-las embaixo de nossos laços
Estarão para sempre brilhando
Aquecerá a nós e a nossos sonhos de amigos
E assim nunca faltará o que temos hoje.

Já falamos das tarde,
Já falamos dos sonhos,
Já houve sorrisos,
Sempre haverá ventos no rosto.
Houve inclusive manhãs.
Nunca faltou um abraço.
Inúmeros almoços passaram.
Inúmeras lágrimas nos aproximaram.
Dores, dores, perdas e ganhos.
Acolhimento de ambas as partes.
Confiança que nunca faltou.
Pode fazer sol: ele estará sobre nossas cabeças.
Pode haver frio: ele será para nossas tardes.
Tudo foi feito para nós até que se prove o contrário.

Bons sonhos meu bem,
Já peguei a minha estrela.
Amo você eternamente.

Lucas H. Figueiredo

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mãos que sempre durarão



Como todo grande amor esse não poderia doer menos.
A você, moça bonita da minha vida,
Dedico todas as minhas estações,
Estão jogadas, para você, todas são suas
Elas não fazem sentido sem você por perto.

Chega ano e sai ano, o coração dói tanto!
O tempo passa e parece que ficamos sempre parados
Até assustarmos com as nossas rugas
A sua mão, eu me lembro bem, era tão lisa e macia
Até que um dia, na flor da inocência
Eu lhe disse que estavam ficando feias
É verdade: nelas havia algumas rugas.
Mas cada uma com uma história,
Cada uma com uma gripe minha.
A mão direita carrega hoje todas as perdas
A esquerda, a qual sempre me afeiçoei,
Carrega-me, com todos os problemas que lhe dei.

Amo você tanto!
Com lua ou sem lua.

Suas mãos delicadas tornam-se mais delicadas,
Tal como a minha dor. Dor de amor.
Você é a pessoa mais doce, minha querida
E eu não tenho nada para te oferecer agora,
A não ser esse coração e minhas estações,
Eu juro que elas valem muito,
Já as dediquei a um milhão de pessoas
Mas só você tem todas, meu bem.

Se às vezes dói, me perdoe,
É que é esse o meu jeito de amar intensamente.
Eu sei que você me entende,
Eu só estou comentando mesmo
Por achar que até possa parecer incorreto
Tendo em vista a nossa relação.
E pode parecer impossível o não ser,
Tendo em vista o senso comum.
Mas o que quero mesmo dizer é:
Você é meu porto seguro.
E sempre o será.

_ A cintura acabada de minha derradeira mão,
No momento, cansada, espera por um tempo,
Em que não terá mais que escrever palavras tristes
A respeito de nossa vida.
Inspirada por minha sonhadora mente,
Está em movimento esperando o dia
Em que esta, enfim, pare de sonhar.

Você sabe o quanto eu te amo?
Eu também não.

Lucas Henrique Figueiredo

sábado, 5 de junho de 2010

Eles são todos os mesmos

Os demônios vêm à noite
E assombram o que resta da realidade
Todos se levantam; eu queria me aproximar
Dançar junto a eles,
Tornar-me um, dissolver-me junto à escuridão.

Há claridade. Ela aperta minha mão,
Puxa-me ao bom senso,
Esmaga-me a alma.
E eu, parado, procuro não pensar
Em como a infelicidade se aproxima
E assim, a noite chega...
Ela chega todos os dias.
E com ela demônios.
Será que todos podem sentir?

Lucas Henrique Figueiredo

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dualismo das tardes

Não que eu fale nada a respeito dos ventos,
Mas minha alma não aspira mais a beleza das flores.
Sozinho para pensar, refletir e tentar seguir em frente
Sem perfumes, sem cheiro de amora, sem cinzas
Mas com vermelho-rubis que insistem em permanecer.

É assim os dias agora:
De um lado a saudade intensa,
E de outro o meu socorro refugiado detrás dos livros.
E... Claro: futuros brilhantes novamente.
Quanto tédio.


Lucas H. Figueiredo

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A vida e as peças

Não sei como dizer...
Olha, eu vivi grandes coisas,
Grandes dores, grandes perdas,
E infinitos ganhos também, porque afinal: o que é a vida se não um grande palco?
Algumas cenas nós aparecemos brilhantemente, até errar alguma fala,
Meu deus, e se sermos vaiados? Eu já fui. Já cai do palco, com todos os outros atores do meu lado. Sentamos no chão, em frente à todo o público, nos olhamos, tiramos nossas famosas mascaras, nos levantamos e, olhando para todos de cabeças erguidas, construímos um novo espetáculo. Ele está lindo, ele foi lindo em todos os instantes....
Haverá grandes espetáculos sempre. Alguns eu já terei perdido meus lindos companheiros de cena, mas, uma vez unidos por laços eternos, maternos, divinos, não sei bem, seremos sempre grandes atores, e nunca deixaremos de ser, por mais que às vezes queremos deixar. Olhem eles, olhe para mim. Eu já vivi grandes peças, tenho um fã-clube maravilhoso... hhihi..., que está lá nas primeiras carteiras mandando forças para que eu não erre nenhuma fala, mais que se eu errar, como muitas vezes acontece, eles sempre estarão lá, no final do espetáculo me parabenizando, dando-me forças para montar um novo espetáculo, e eles assistirão a todas as peças, é claro que metaforicamente porque existe o espaço e o tempo, e nosso fã-clube pode até parecer desmembrado, mas nunca estará....
Eu amo e amarei eternamente meus companheiros de cena, o meu fã clube, os meus espetáculos, os meus produtores.... Eu vivi intensas emoções sempre. O show nunca acabou. Nem nunca acabará. Sempre tentei fazer de meus erros passos de dança. Afinal: a vida é um grande palco.

Lucas Henrique Figueiredo

sábado, 15 de maio de 2010

Mais do que nunca ( feito em janeiro de 2010 )

Eu não quero deixar que seus olhos me devorem
Mas não tem jeito, eles insistem.
Você está em um lado de minha mente,
Eu procuro me adaptar a não olhar para esse lado,
Onde as arvores estão cada vez mais tristes e sem folha.
Minhas pernas bambas se partem a cada passo que eu sigo em direção a esse pedaço de mim.
Minha folha amarela,
Meu triste caminho frio,
Minha dor de cada melancolia,
Meu amor eterno,
você é tudo o que quero pensar,
você está lá, esperando por mim, naquela parte de onde eu tenho medo de prosseguir:
ilusão. Que dor! Quanta dor.... Amo você.

Lucas Henrique Figueiredo Janeiro de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O cego e a bailarina

E o cego falou para a bailarina:
_Eu só tenho o meu coração pra te oferecer, mais nada.
A bailarina, poeta, sorriu, afinal, muitos já haviam oferecido seu coração.
Não deu certo.
O cego não andava direito, a bailarina deslizava,
O cego não via a beleza das roupas, a bailarina adorava se vestir para ser elogiada,
O cego nem se divertia direito, não divertia o quanto a bailarina fazia.
O cego tinha avisado, ela não escutou direito, pensou ser só mais um coração apaixonado entregue às cegas à sua vida. Mas não foi um coração entregue às cegas, e sim, de um apaixonado, desprovido de tantas outras dádivas, que realmente só tinha aquilo para oferecer para ela.
A bailarina foi em busca de novos corações, de pessoas sorridentes, que tinham muito mais a oferecer a ela do que um pobre coração invisível, de pessoas que poderiam proporcionar aventuras e mais aventuras, que elogiariam, a cada dia, a sua beleza e as suas roupas, de pessoas que tivessem uma visão perfeita, um olhar incandescente e sem inocência.
O cego ficou sozinho, à procura de mais pessoas cegas, que tivessem um coração tão grande quanto o seu, e que merecessem o imensurável escuro da alma belíssima que ele tinha para oferecer.

Lucas H. Figueiredo

domingo, 9 de maio de 2010

Mais herois, é claro

Como assim heróis?
São todos frageis.
Ninguem consegue ser perfeito.
Isso esteve estampado em meu rosto.
Pra mim, herois são só mais uns bobos que conseguem
se erguer diante de um problema. Mas são fracos.
são os mais fracos, e isso pra mim é fato.
Poxa, somos humanos, se fosse para sermos perfeições seriamos de outro planeta, ou de outro mundo.
Quem consegue ser tão humano quanto um poste, ou como uma pedra pode se sentir feliz, é um herói. São tristes, melodramaticos, infelizes.
Não quero ser um heroi. Não quero estar ao lado de um herói. Quero humanos ao meu lado.E, se vc é um, estou falando com você.

O fim do outono

Nunca tive um outono dividido em partes, boas e boas...
Há galhos secos, mas há folhas que insistem em não cair para não deixar secar minhas arvores.
Elas estão tão tristes, será que tais folhas conseguirão reviver os galhos perdidos?
Não sei. Nunca tive um outono dividido em duas partes.

domingo, 2 de maio de 2010

À você, meu bem.

Como o tempo passa,
As coisas mudam,
Eu aqui fazendo e pensando coisas que não foram pensadas antes.
Antes que eu chegue ao fim desse cometa,
Queria me apresentar novamente,
Não sei se falaria a verdade,
É que até eu tenho medo dela.
É engraçado, mas eu tenho medo,
Possessivo talvez? Ciumento?
Diálogos e mais diálogos poderiam resolver tudo,
Mas não há reciprocidade e eu consigo ver nos seus olhos.
É uma pena, mas se algo acontecer com esse coração de novo,
Não vou saber lidar mais.
O essencial é invisível aos olhos. Até algum dia.

Lucas Henrique Figueiredo

sábado, 1 de maio de 2010

Não mais outonos

Mesmo que por um breve instante
De um calor inimaginável
Meu inverno tomou cores
Logo após o pôr de um sol

Você me trouxe algo esquecido
Você era parte de um pensamento oculto
Eu te queria há algum tempo
Pra aflorar meu inverno
Para apagar a tristeza do outono

Eu queria sorrir quando pensei ter encontrado meu refugio
Mas nunca daria certo,
A inocência dos seus olhos me trás um brilho apagado
Na sua imensidão eu me escondo como um covarde...

Estou com você, meu lindo inverno,
Estou com você nesse escuro
Estou aqui para suportar suas dores quando houver alguma
Porque, você não sabe, mas, você suportou muito das minhas dores.

Hoje eu te vejo
Está linda,
Desejo-te uma incrível vida,
Incríveis amigos e amores,
Desejo-te o mundo,
Principalmente por que,
Você sabe: você me encanta.

Lucas Henrique Figueiredo

terça-feira, 27 de abril de 2010

Amigos

Amigos chegam em nossa vida e se distanciam mas não se vão,
Nessa ânsia de amar, nós nos esquecemos da nobreza de cada outro sentimento.
O amor é a virtude de algo tão divino quanto um olhar com brilho de quero mais.
Quando olho no rosto de um amigo, sinto a segurança que não tive nos olhos de um pai, ou a pequena felicidade que às vezes esqueço que existe em um sorriso. A amizade provém de infinitas coisas, um aperto de mão, um olhar, um abraço.
Eu encontro um amigo pela breve felicidade que me dá ao ver seus olhos. Eu procuro amigos que me façam sentir que eu posso ser um diabo... sem que eu deixe de ser um santo. Meus amigos me querem não só pela felicidade do meu sorriso, mas pelo calmo som de tristeza que às vezes sai da minha mudez. Minha pupila julga pessoas que eu não espero julgar, amigos que eu não espero deixar, amores que espero que não se vão quando o sol se for. Quando sorrio me sinto fazendo a coisa certa a se fazer.

Amores vêm e vão... Amigos nos ajudam a superar amores.
Amores nos fazem sofrer... Amigos nos ensinam que nós podemos lidar com o sofrimento.
Amores são passageiros... A gente aprende com o passar do tempo que amigos podem parecer passageiros depois de dois anos de distância, mas um minuto com eles nos prova o contrario.
Amores são tristes... Amigos nos mostram sentimentos que nunca pensamos que existiriam.
Amores são breves... Amigos são curtos para o pouco tempo que é a eternidade.

Eu amo meus amigos, sim, mais que a loucura de viver, pois sem eles eu não viveria essa loucura, eu me tornaria só mais um louco sem vida.

Lucas Henrique Figueiredo

À nyna

Mesmo que o sol não ilumine mais os girassóis
Ainda assim morreria por você
Morro a cada segundo,
Quando distante do seu rosto delicado,
De seus cabelos inconfundíveis,
De suas unhas ao acariciar, mesmo que de modo distinto,
A minha face sempre cansada dos sonhos.

Morrerei diante de um céu,
Suspenso por pegadas transcritas no solo,
Carregadas de pequenos universos.
E quando sair, não sei para onde,
Haverá novas manhas, novos sonhos, novos abraços,
Serão novos tempos, e assim sempre.

Mas quando você morrer,
Se minha alma ainda estiver lá, junto ao meu físico,
Morrerei junto.
Acabará o céu, os abraços, os sonhos,
E os sempre novos e cansados beijos de boa noite.

Lucas Henrique Figueiredo

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Analgésico

É fim de tarde, as pessoas lá embaixo estão chegando do expediente, eu deveria estar no meio delas mas as coisas para mim não são como deveriam ser.

Era um dia comum, como a maioria dos últimos dias. O telefone tocou, eu sabia que era impossível mas, atendi ansioso e com esperança e, claro, não era ela. A realidade foi se apoderando cada vez mais de mim, junto à solidão, ao desespero e às lágrimas; não suportei, desliguei o telefone, os sentimentos falando mais alto, peças inocentes recebendo a minha raiva e o meu medo, resolvi fugir, abri a porta e subi até o décimo quarto andar, o ultimo, o andar dos desesperados, dos ignorantes, dos desgraçados.

É agora. Meus atos já não me pertencem mais. Nunca parei para pensar como os residentes do décimo quarto andar _ que para muitos era sinônimo de analgésico _ se sentiam. Agora eu sei. A cidade é pequena... muitos carros chegando... tudo irá continuar sem mim.Me sentirei melhor. Até daqui a pouco meu amor.


Lucas Henrique Figueiredo

Saudade

No interior de um mundo submerso a pesos

Estende-se um longo caminho movimentado

Movido por tufos de objetos e laços

Por pessoas, matérias, e até outros seres.

Levado por uma longa caminhada de outono

Por folhas, se estende uma melancolia borrada

Por grandes árvores vermelhas em todo o período

A palavra esconde a base do percurso: amor.

Um sopro clandestino aterroriza o movimento parado

Pessoas de alto nível camingular vão para longe

Por sorte objetos são transferidos para outros

Na placa a frente um nome sutil: saudade.


Lucas Henrique Figueiredo