quarta-feira, 11 de maio de 2011

Olhe para o céu menina


Olhe para o céu menina,
Foi ele quem te trouxe até mim.
Pegue em minhas mãos,
Eu quero que você se aproxime
Não para te mostrar minhas feridas,
Apesar de que isso vai ser inevitável,
Mas para construirmos algo em cima de tudo isso,
Você aceitaria o meu mundo?
Estou disposto a oferecê-lo a você meu bem...
Outonos são tristes, as estações são melancólicas, todas...
Mas você torna tudo tão claro, é como se eu te levasse para um lugar
Que eu sempre vou, e que sempre está vermelho e escuro,
E quando abrisse a porta para te mostrar, estivesse tudo tão claro,
Como se você já estivesse em minha frente.
Eu te quero acima das estações meu bem,
Quero-te esta noite, nos próximos dias, e por
Quase todas as próximas folhas que caírem nesse fim de outono.
Segure em minhas mãos, vou te levar para longe, vamos viver alguma coisa querida?
Estou disposto.
 Você é tão linda!

 Ps.: É imensurável o prazer de te ter diante de meus olhos.

Lucas H. Figueiredo

sábado, 11 de dezembro de 2010

Dei-me morfina

Acabaram-se as tarjas,
Preta, azul vermelha, amarela...
Acabou o dinheiro...
Acabou a poesia:
Passaram os cracks:
Cena 1, 2, 3, cena final...
Poesia não come mais ninguém,
O patrocínio acabou:
A burguesia se vendeu de vez,
Não bebem mais a pseudo-arte em pequenos goles!
Estão todos vendidos!
Minha arte foi pro saco, meu coração de tão imenso
Fez um eco, que dor, um eco, que dor: quanta dor!
Pelo menos não é necessário publicar porra nenhuma com nada,
Poesia é minha, e só, agora que acabou tudo.
Remédio é tomado com vodka que é misturada com vinho
Que é misturado comigo, com minha arte, com meu vazio cheio de porcarias passadas.


L H Figueiredo

sábado, 6 de novembro de 2010

TEATRO CUTUCA

Teatro cutuca..sabado e domingo, sessoes 18.30 e 19.30..
Novo espetáculo: O Universo coaxa
Um espetáculo maravilhoso com representações dos apegos humanos a fimm de resistirem à existencia: religião, remédios, trabalho, amor.
E um sapo, (EU), apático, sem apego a nada, representando os infortunados, tentará colocar todos em uma cama de espinhos, mas no final tudo é poesia e até ele comprova isso.

Trilha sonora personalizada, atuações artisticas, dança, balé, recursos audio-visuais.
Todos vão sair com um pouco mais de poesia na noite. Ah...vai ser 4 reais =D... local: Casa de cultura Marcia Prates, no melo, na rua do colegio integral: rua lirio brante 810

Espero vocês.

Abraços, L. H. Figueiredo

domingo, 31 de outubro de 2010


Está passando o tempo
Estou perdendo o meu
Não dá pra roubar o de ninguém
Por isso dói

Meu campo de visão está esquálido
Meu peito pede um corpo quente
Pede dente
Pede emoção

Estou sendo engolido por minha poesia
Ela come o meu tempo
Não há nenhum santo insensível para me salvar

Já não sei mais escrever palavras com S SS ou Ç
Não lembro a formula de respiração
Os imperadores da historia antiga estão fazendo suruba
Os números só conseguem fazer poses para fotos
 O mapa mundi político canta um pop triste
A chuva lá fora dissolve minha sintaxe
Minhas equações químicas, desbalanceadas, me preparam um loló

Acabei de errar uma próclise
A poesia está me engolindo e o meu ponto final não chega nunca.
Esse pontinho de cima não é um ponto final.
Nem esse outro.

Quero mais dentes, línguas e musicas

Getulio Vargas está se suicidando em cima da cama que eu escrevo
Isaac Newton está lambendo o sangue
Números estão rodando
O estreito de Magalhães me levou ao Bósforo
Minhas lágrimas provocam as cheias do Nilo

Minhas poesia me come
Me inferniza
E me faz errar próclises.

L.H.Figueiredo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minha explicação

Entre meu olho e o seu
Há mil palavras soltas
Nenhum de nós consegue juntá-las
Então ficamos restritos a olhares.

L.H.Figueiredo

Meu chorinho numa noite de quinta

Vou pegar um trem
Vou me virar tão bem
E se eu não voltar
Não diga a ninguém
Que o meu grande segredo
Foi guardar todas as flores
Para outrem.

Em meus bolsos vazios
Há reflexos de gentes
Carregadas de prosa
Poema e poesia

Eu aqui busco dores
Para intensificar... meus pulsos
Intensificar... meus pulsos
Intensificar...
As minhas pulsações.

L.H.Figueiredo

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Secreto

Traguei seu beijo
Em uma musica

Sorvi seu cheiro
Em um campo de visão

Devorei seus olhos
Em uma pergunta
______________
Chorei; chorei.__

Não te tenho
Não te trago
Ai de minhas perguntas
Ai de seus embaraços

Eu quero.
Não trago.
Amei com os olhos.
E sorvi calado.

L. H. Figueiredo