quinta-feira, 17 de junho de 2010

Pequenos versos


Oi amor meu,
Já viu as estrelas hoje?
Elas brilham para nós
Pegue uma, vamos fugir.
Acho que ainda há tempo.
Vamos guardá-las embaixo de nossos laços
Estarão para sempre brilhando
Aquecerá a nós e a nossos sonhos de amigos
E assim nunca faltará o que temos hoje.

Já falamos das tarde,
Já falamos dos sonhos,
Já houve sorrisos,
Sempre haverá ventos no rosto.
Houve inclusive manhãs.
Nunca faltou um abraço.
Inúmeros almoços passaram.
Inúmeras lágrimas nos aproximaram.
Dores, dores, perdas e ganhos.
Acolhimento de ambas as partes.
Confiança que nunca faltou.
Pode fazer sol: ele estará sobre nossas cabeças.
Pode haver frio: ele será para nossas tardes.
Tudo foi feito para nós até que se prove o contrário.

Bons sonhos meu bem,
Já peguei a minha estrela.
Amo você eternamente.

Lucas H. Figueiredo

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mãos que sempre durarão



Como todo grande amor esse não poderia doer menos.
A você, moça bonita da minha vida,
Dedico todas as minhas estações,
Estão jogadas, para você, todas são suas
Elas não fazem sentido sem você por perto.

Chega ano e sai ano, o coração dói tanto!
O tempo passa e parece que ficamos sempre parados
Até assustarmos com as nossas rugas
A sua mão, eu me lembro bem, era tão lisa e macia
Até que um dia, na flor da inocência
Eu lhe disse que estavam ficando feias
É verdade: nelas havia algumas rugas.
Mas cada uma com uma história,
Cada uma com uma gripe minha.
A mão direita carrega hoje todas as perdas
A esquerda, a qual sempre me afeiçoei,
Carrega-me, com todos os problemas que lhe dei.

Amo você tanto!
Com lua ou sem lua.

Suas mãos delicadas tornam-se mais delicadas,
Tal como a minha dor. Dor de amor.
Você é a pessoa mais doce, minha querida
E eu não tenho nada para te oferecer agora,
A não ser esse coração e minhas estações,
Eu juro que elas valem muito,
Já as dediquei a um milhão de pessoas
Mas só você tem todas, meu bem.

Se às vezes dói, me perdoe,
É que é esse o meu jeito de amar intensamente.
Eu sei que você me entende,
Eu só estou comentando mesmo
Por achar que até possa parecer incorreto
Tendo em vista a nossa relação.
E pode parecer impossível o não ser,
Tendo em vista o senso comum.
Mas o que quero mesmo dizer é:
Você é meu porto seguro.
E sempre o será.

_ A cintura acabada de minha derradeira mão,
No momento, cansada, espera por um tempo,
Em que não terá mais que escrever palavras tristes
A respeito de nossa vida.
Inspirada por minha sonhadora mente,
Está em movimento esperando o dia
Em que esta, enfim, pare de sonhar.

Você sabe o quanto eu te amo?
Eu também não.

Lucas Henrique Figueiredo

sábado, 5 de junho de 2010

Eles são todos os mesmos

Os demônios vêm à noite
E assombram o que resta da realidade
Todos se levantam; eu queria me aproximar
Dançar junto a eles,
Tornar-me um, dissolver-me junto à escuridão.

Há claridade. Ela aperta minha mão,
Puxa-me ao bom senso,
Esmaga-me a alma.
E eu, parado, procuro não pensar
Em como a infelicidade se aproxima
E assim, a noite chega...
Ela chega todos os dias.
E com ela demônios.
Será que todos podem sentir?

Lucas Henrique Figueiredo

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dualismo das tardes

Não que eu fale nada a respeito dos ventos,
Mas minha alma não aspira mais a beleza das flores.
Sozinho para pensar, refletir e tentar seguir em frente
Sem perfumes, sem cheiro de amora, sem cinzas
Mas com vermelho-rubis que insistem em permanecer.

É assim os dias agora:
De um lado a saudade intensa,
E de outro o meu socorro refugiado detrás dos livros.
E... Claro: futuros brilhantes novamente.
Quanto tédio.


Lucas H. Figueiredo