sábado, 11 de setembro de 2010

Quebraram-se os vidros?


Quebraram-se os vidros?
Aconteceu o já esperado
VÊ meu vinho? Meu peito anil, que
Por muita vez chorou por sua espécie de lógica.

Ah, delícia, como meus vidros estão rijos!
E minha carne petulante!
E meu corpo pede água, para apagar o fogo que cresce
Por vidros rijos como ele, e belos como sua violenta clave!

Se eu pudesse escolher,
(Que tristeza!)
Escolheria as estrelas,
E suas imensas fontes de energia,
Para aparar seu vidro.
Mas não posso... uma vez quebrados, meu bem,
Não haverá volta.

Eu aqui, com minhas estrelas cadentes,
Com meu ar consolador,
De mil céus e afazes,
Em busca de vidros novos.

L.H Figueiredo

Nenhum comentário:

Postar um comentário